domingo, 29 de maio de 2011

A infância vitimada pelos conflitos da África - a história de Ishmael Beah

Ishmael Beah nasceu em um vilarejo de Serra Leoa em 1980. A sua vivência deveria ter acontecido dentro da rotina que se espera de uma criança comum, mas o contexto dos conflitos africanos não permitiu que isso fosse possível. Quando ele tinha apenas doze anos , a rotina de seu vilarejo foi quebrada pela chegada das temidas milícias envolvidas nos conflitos de Serra Leoa. A partir desse ponto, Ishmael perdeu para sempre o contato com os seus amigos, pais e vizinhos. Para ele, a escola e as brincadeiras de criança dariam lugar à violência brutal, à morte, ao medo, à fuga e à desesperança.
Ishmael Beah foi apenas mais uma das crianças da África colhidas pela violência da guerra. Por muito tempo, ele fugiu ora de tropas do governo, ora de milícias rebeldes, que não tiveram escrúpulos ao perseguir, torturar e matar civis inocentes. Mas Beah, então garoto, foi mais uma entre várias outras que também foram coagidas a participar de assassinatos. Por outro lado, ele foi um dos poucos meninos que encontraram um final feliz para a sua triste história. Hoje, ele vive nos EUA e participa do Comitê de Direitos da Criança - pertence à ONG Human Rights Watch. Formado cientista político no Oberlin College, recentemente ele percorreu o mundo para dar o seu relato de vida e denunciar a violência com que as guerras atingem as crianças no mundo . Ishmael Beah esteve também no Brasil em 2007, quando proferiu palestras sobre o tema da infância atingida pela guerra e lançou um livro de sua autoria, Memórias de Um Menino-Soldado.

sábado, 28 de maio de 2011

A divisão artificial da África e os conflitos tribais


 A ascensão do capitalismo mercantilista no século XV deu início à ocupação do continente africano a partir do seu litoral, onde foram implantados entrepostos e feitorias.
Somente com a II Revolução Industrial, as potências capitalistas européias passaram a pesquisar o interior do continente, sondando as suas riquezas e preparando a plena ocupação territorial. A busca por recursos e mercados impunha uma lógica de competição frenética entre os impérios europeus, e isso poderia gerar conflitos mais violentos na disputa pelos territórios e riquezas africanas. E, antes que as disputas levassem as potências à guerra ( como aconteceria de 1914 a 1918 ), a divisão da África foi feita de comum acordo entre os mais poderosos Estados europeus, no Congresso de Berlim, realizado de 1884 a 1885.
A verdadeira invasão da África, combinada entre as potências industriais, teve o propósito de garantir terras, mercados, matérias-primas e recursos energéticos às crescentes necessidades das indústrias da Alemanha, Reino Unido, França, Bélgica, Itália; além de continuar a suprir as trocas comerciais de potências decadentes, como Portugal e Espanha, no século XIX.
No entanto, a ocupação da África, feita como uma verdadeira corrida pela posse dos seus formidáveis recursos humanos e naturais, não foi baseada em motivos econômicos.
A principal alegação usada para a apropriação do continente foi de ordem moral e cultural. As potências européias alegavam que estavam assumindo uma "missão", que seria a de levar ao continente africano as luzes do progresso, os fundamentos da civilização ocidental e a salvação religiosa.
Mais do que uma falsa propaganda, essas alegações faziam realmente parte do imaginário e das convicções das sociedades européias do século XIX, em um período em que convicções tendenciosas e racistas ditavam a crença na superioridade do europeu. Dessas convicções, surgiu a expressão "fardo do homem branco".
Essa expressão, saída de um poema do britânico Rudyard Kipling (1835-1936) , queria dizer que as populações brancas teriam como missão o fardo ( carga ou peso ) de levar a "civilização" para as culturas "inferiores".
Apesar dessa suposta superioridade cultural e moral, a apropriação do continente africano foi, na verdade, obtida com a superioridade do poder de agressão e da estratégia de dominação política.
Ao observar o mapa "As etnias da África", onde estão localizados os principais grupos étnicos africanos, e ao comparar a localização desses grupos nos atuais países do continente ( África - Político ), nota-se que as fronteiras dos Estados nacionais não coincidem com a realidade cultural das populações.
Através da estratégia da divisão conflituosa da África, os recursos minerais e produtos agrícolas foram dominados pelas empresas capitalistas européias . Enquanto isso, os povos africanos foram excluídos do acesso à terra, do conhecimento sobre técnicas de plantio e manejo do solo, do progresso e até da vida. Os europeus condenaram os africanos ao subdesenvolvimento econômico e social, condição até hoje não superada.

domingo, 22 de maio de 2011

África


Em meio a solidão, Deus se fez presente.
Clemente, criou, estrelas, planetas e a Terra.
Na Terra, um centro,
E dentro dele, a África.
África que hoje soluça
Acusa e pede ajuda para refazer,
crescer, e continuar a merecer
Ser o centro da terra
Sem guerras internas, em paz.
Capaz de ser no mundo
Um profundo fértil coração.
Pois solidão foi só no início
E o início era escuridão.

 
Maria Isabel

Dados do Grupo.


CURSO: UNESP/Redefor – Geografia.
TUTOR: Carlos Alberto Feliciano.
TURMA: 52.
GRUPO: Geo-5.
CURSISTAS: Brigida Aparecida de Godoy,
Fatima Ruiz Paccola Zoli,
Fernando Teruel,
José Carlos Pereira do Nascimento e
Maria Angela Ruiz Paccola.
MÓDULO: 3.
NOME DA DISCIPLINA: Geografia Regional: América Latina e África.