Ishmael Beah nasceu em um vilarejo de Serra Leoa em 1980. A sua vivência deveria ter acontecido dentro da rotina que se espera de uma criança comum, mas o contexto dos conflitos africanos não permitiu que isso fosse possível. Quando ele tinha apenas doze anos , a rotina de seu vilarejo foi quebrada pela chegada das temidas milícias envolvidas nos conflitos de Serra Leoa. A partir desse ponto, Ishmael perdeu para sempre o contato com os seus amigos, pais e vizinhos. Para ele, a escola e as brincadeiras de criança dariam lugar à violência brutal, à morte, ao medo, à fuga e à desesperança.
Ishmael Beah foi apenas mais uma das crianças da África colhidas pela violência da guerra. Por muito tempo, ele fugiu ora de tropas do governo, ora de milícias rebeldes, que não tiveram escrúpulos ao perseguir, torturar e matar civis inocentes. Mas Beah, então garoto, foi mais uma entre várias outras que também foram coagidas a participar de assassinatos. Por outro lado, ele foi um dos poucos meninos que encontraram um final feliz para a sua triste história. Hoje, ele vive nos EUA e participa do Comitê de Direitos da Criança - pertence à ONG Human Rights Watch. Formado cientista político no Oberlin College, recentemente ele percorreu o mundo para dar o seu relato de vida e denunciar a violência com que as guerras atingem as crianças no mundo . Ishmael Beah esteve também no Brasil em 2007, quando proferiu palestras sobre o tema da infância atingida pela guerra e lançou um livro de sua autoria, Memórias de Um Menino-Soldado.
ler esse livro foi a melhor coisa que pude fazer nas minhas horas vagas,realmente inspirador...
ResponderExcluirtodos deveriam ler este livro.
ResponderExcluir"Um livro de guerra não pode ser bom." isso foi o que pensei quado vi: Memórias de um menino-soldado, mas agora que o li acho maravilhoso!
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