domingo, 5 de junho de 2011

África.



Esta canção foi originalmente composta como um hino religioso por Enoch Sontonga, professor da missão metodista em Johannesburg, de etnia xhosa, em 1897. Em 1927 versos foram adicionados por Samuel E. Mqhayi, de etnia sesoto. Vista como um hino da luta contra o regime de segregação racial (apartheid), chegou a ser proibido sua execução pública por "exacerbar o nacionalismo bantu" indo contra a política oficial de desunir as tribos para dominá-las. Propositadamente cantada de modo tradicional e nas tres línguas mais faladas pelos sul-africanos negros, se tornou a música símbolo da luta contra o racismo africano. É hoje parte do hino nacional da África do Sul e desde 1925 é hino do Congresso Nacional Africano.

sábado, 4 de junho de 2011

Um Novo Olhar para a África

2011 – Um novo olhar para a África!

A UNESCO lançou em português a Coleção História Geral da África, buscando ajudar os brasileiros a "redescobrir a riqueza das histórias cruzadas entre o Brasil e o continente africano"


UNESCO

Na travessia 2010-2011 a UNESCO refaz a ponte Brasil-África. Ao lançar a Coleção História Geral da África em português, convidamos nossos parceiros para que, juntos, possamos redescobrir a riqueza das histórias cruzadas entre o Brasil e o continente africano.
Desejamos Boas Festas e um 2011 que valorize a contribuição africana na formação do Brasil, reconheça o valor da cultura negra na diversidade brasileira, reforce os laços e a cooperação entre Brasil e África e construa uma nova educação das relações étnico-raciais na escola e na sociedade.


Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas

Promover o reconhecimento da importância da interseção da história africana com a brasileira para transformar as relações entre os diversos grupos raciais que convivem no país. Esta é a essência do Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas, instituído pela UNESCO no Brasil, a partir da aprovação da Lei 10.639, em 2003, que preconiza o ensino dessas questões nas salas de aulas brasileiras.
Desde então, o processo de implementação da Lei da Educação das Relações Étnico-Raciais nos sistemas de ensino brasileiros vem enfrentando desafios, entre eles a necessidade de desenvolvimento de uma nova cultura escolar e de uma nova prática pedagógica que reconheça as diferenças étnico-raciais resultantes da formação da sociedade brasileira. Para contribuir com esse processo, o programa Brasil-África: Histórias Cruzadas da UNESCO atua em três eixos estratégicos, complementares e fundamentais:

  • Acompanhamento da implementação da Lei
  • Produção e disseminação de informações sobre a história da África e dos afro-brasileiros
  • Assessoramento no desenvolvimento de políticas públicas

    O objetivo dessa atuação é identificar pontos críticos, avanços e desafios na implementação da Lei, bem como para cooperar para a formulação de estratégias para a concretização de políticas públicas nesse sentido, além de sistematizar, produzir e disseminar conhecimentos sobre a história e cultura da África e dos afro-brasileiros, subsidiando as mudanças propostas pela legislação.
    Para a UNESCO, apoiar a implementação da lei da Educação das Relações Étnico-raciais é uma maneira de valorizar a identidade, a memória e a cultura africana no Brasil – o país que conta com a maior população originária da diáspora africana.
    A partir do momento em que as origens africanas na formação da sociedade brasileira forem conhecidas e reconhecidas e as trocas entre ambos disseminadas, se abrirão importantes canais para o respeito às diferenças e para a luta contra as distintas formas de discriminação, bem como para o resgate da autoestima e a construção da identidade da população. Somados, esses canais contribuirão para o desenvolvimento do país.
    Assim, o trabalho com esses tópicos nas escolas e nos sistemas de ensino proposto pela legislação nacional, em última instância, leva os alunos e a sociedade a valorizar o direito à cidadania de cada um dos povos. Tudo isso encontra uma forte convergência com o trabalho da UNESCO, que atua em todo o mundo declarando que conhecer melhor outras civilizações e culturas permite tanto compreender a segregação e os conflitos raciais como afirmar direitos humanos.
     
    Informações adicionais
    Para mais informações relativas ao Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas, visite:
    Parceiros e Ações já desenvolvidas ou em curso por meio do programa

    Coleção História Geral da África em português

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
    (PDF, 227 Kb)
    Plano Nacional de Implementação das diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
    (PDF, 858 Kb)
    Brochuras sobre o Projeto:
    Brasil-Africa: histórias cruzadas, Programa de Educação das Relações Étnico-Raciais da UNESCO no Brasil
    (PDF, 659 Kb)
    Brasil-Africa: histórias cruzadas, Programa de Diálogo para as Relações Étnico-Raciais da UNESCO no Brasil
    (PDF, 686 Kb)

    População de classe média representa um terço da África


    O crescimento econômico robusto visto na África nos últimos dez anos levou a classe média do continente a crescer rapidamente, chegando a formar um terço de sua população de um bilhão de habitantes, revela um estudo divulgado na última sexta-feira.
    O relatório, feito pelo AFDB (Banco de Desenvolvimento Africano), concluiu que hoje 313 milhões de africanos podem ser considerados de classe média, contra 151 milhões em 1990 e 196 milhões em 2000.
    Os números constituem mais uma prova do crescente peso consumidor do continente que ainda é o mais pobre do planeta.
    Mas o AFDB relativizou suas constatações, dizendo que 60% da classe média "mal saiu da categoria dos pobres".
    "As vendas de geladeiras, televisores, telefones celulares, motores e carros aumentaram nos últimos anos em virtualmente todos os países", segundo o relatório do banco.
    Como exemplo, o documento citou um aumento de 81%, desde 2006, nos carros e motocicletas em Gana, cuja economia pode crescer até 12% neste ano em função do início da produção comercial de petróleo, em dezembro.
    O país, no oeste africano, é considerado um modelo de estabilidade e democracia num continente frequentemente marcado pela turbulência política.

    CASA PRÓPRIA
    A África do Sul, de longe a maior economia do continente, fica no topo da lista em termos de propriedade de automóveis, com 300 veículos para cada mil pessoas em 2007 -mais que o dobro do número registrado cinco anos antes.
    Os africanos de classe média normalmente possuem casa própria, optam por convênios médicos particulares em lugar da assistência médica pública e gastam mais com alimentação e ensino para seus filhos, de acordo com o estudo.
    Tunísia, Marrocos, Egito e Argélia, todos países do norte da África, se saíram melhor na avaliação geral: mais de 75% de suas populações são classificadas como sendo de classe média.
    Entre os países subsaarianos, o Gabão e Botsuana, ambos ricos em recursos naturais (petróleo e diamantes, respectivamente), foram os primeiros colocados.
    Na Nigéria e na Etiópia, os dois países mais populosos do continente -sua população conjunta é de 230 milhões de habitantes-, a classe média compõe cerca de 22% da população. 

    Fonte: Folha on line. 
    Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/912923-populacao-de-classe-media-representa-um-terco-da-africa.shtml

    A Árvore da Marula

     


    Entre o fim de janeiro e o fim de março, no auge do calor africano, acontece a colheita da Marula, fruta mística que dá origem ao licor Amarula Cream. A atividade mobiliza mais de 60 mil pessoas no nordeste da África do Sul. Como a Maruleira - cientificamente conhecida como "Sclerocarrya birrea" -, não pode ser cultivada pelo homem, a prática adquire toques ancestrais, onde predominam o respeito pela natureza e a convivência do homem com outros animais. Nesta época, a fruta verde da Maruleira atinge um tom amarelo claro. À medida que vai amadurecendo, emite uma fragrância intensa, tropical, que flutua na brisa quente do verão e atrai várias espécies de animais silvestres de milhas ao redor. Manadas de elefantes viajam durante dias para empanturra-se com a deliciosa fruta madura. Por este motivo, a árvore de Marula é também conhecido como "A árvore do elefante". Como o calor provoca um processo de fermentação natural do fruto, é comum encontrar pequenos animais, principalmente macacos, levemente embriagados.
    Rica em vitamina C e com amêndoas contendo óleo natural, a suculenta fruta azeda tem diversos usos terapêuticos, desde o combate à malária até para a alimentação. Esses usos são muito anteriores à própria marca de licor, criada em 1989: estudos arqueológicos estimam que o fruto já fosse consumido há cerca de 12 mil anos.
    A planta ainda é reconhecida por propriedades afrodisíacas. Como curiosidade, as árvores são dioicas, ou seja, têm sexo determinado . Esse fato contribuiu para a crença entre povos locais de que uma infusão da casca pode ser usada para determinar o sexo de um feto. Se uma mulher que ter um filho do sexo masculino, deve fazer uma infusão à base do fruto da árvore-macho, e, por uma filha, a árvore do sexo feminino. Se a criança do sexo oposto nasce, diz-se que é por ser muito especial, pois foi capaz de desafiar os espíritos.

    sexta-feira, 3 de junho de 2011

    Chimamanda Adichie




    Muito pertinente o vídeo de Chimamanda Adichie, escritora africana, ressaltando o perigo de uma visão unilateral sobre qualquer história.

    O assunto tratado está dividido em duas partes.

    domingo, 29 de maio de 2011

    A infância vitimada pelos conflitos da África - a história de Ishmael Beah

    Ishmael Beah nasceu em um vilarejo de Serra Leoa em 1980. A sua vivência deveria ter acontecido dentro da rotina que se espera de uma criança comum, mas o contexto dos conflitos africanos não permitiu que isso fosse possível. Quando ele tinha apenas doze anos , a rotina de seu vilarejo foi quebrada pela chegada das temidas milícias envolvidas nos conflitos de Serra Leoa. A partir desse ponto, Ishmael perdeu para sempre o contato com os seus amigos, pais e vizinhos. Para ele, a escola e as brincadeiras de criança dariam lugar à violência brutal, à morte, ao medo, à fuga e à desesperança.
    Ishmael Beah foi apenas mais uma das crianças da África colhidas pela violência da guerra. Por muito tempo, ele fugiu ora de tropas do governo, ora de milícias rebeldes, que não tiveram escrúpulos ao perseguir, torturar e matar civis inocentes. Mas Beah, então garoto, foi mais uma entre várias outras que também foram coagidas a participar de assassinatos. Por outro lado, ele foi um dos poucos meninos que encontraram um final feliz para a sua triste história. Hoje, ele vive nos EUA e participa do Comitê de Direitos da Criança - pertence à ONG Human Rights Watch. Formado cientista político no Oberlin College, recentemente ele percorreu o mundo para dar o seu relato de vida e denunciar a violência com que as guerras atingem as crianças no mundo . Ishmael Beah esteve também no Brasil em 2007, quando proferiu palestras sobre o tema da infância atingida pela guerra e lançou um livro de sua autoria, Memórias de Um Menino-Soldado.

    sábado, 28 de maio de 2011

    A divisão artificial da África e os conflitos tribais


     A ascensão do capitalismo mercantilista no século XV deu início à ocupação do continente africano a partir do seu litoral, onde foram implantados entrepostos e feitorias.
    Somente com a II Revolução Industrial, as potências capitalistas européias passaram a pesquisar o interior do continente, sondando as suas riquezas e preparando a plena ocupação territorial. A busca por recursos e mercados impunha uma lógica de competição frenética entre os impérios europeus, e isso poderia gerar conflitos mais violentos na disputa pelos territórios e riquezas africanas. E, antes que as disputas levassem as potências à guerra ( como aconteceria de 1914 a 1918 ), a divisão da África foi feita de comum acordo entre os mais poderosos Estados europeus, no Congresso de Berlim, realizado de 1884 a 1885.
    A verdadeira invasão da África, combinada entre as potências industriais, teve o propósito de garantir terras, mercados, matérias-primas e recursos energéticos às crescentes necessidades das indústrias da Alemanha, Reino Unido, França, Bélgica, Itália; além de continuar a suprir as trocas comerciais de potências decadentes, como Portugal e Espanha, no século XIX.
    No entanto, a ocupação da África, feita como uma verdadeira corrida pela posse dos seus formidáveis recursos humanos e naturais, não foi baseada em motivos econômicos.
    A principal alegação usada para a apropriação do continente foi de ordem moral e cultural. As potências européias alegavam que estavam assumindo uma "missão", que seria a de levar ao continente africano as luzes do progresso, os fundamentos da civilização ocidental e a salvação religiosa.
    Mais do que uma falsa propaganda, essas alegações faziam realmente parte do imaginário e das convicções das sociedades européias do século XIX, em um período em que convicções tendenciosas e racistas ditavam a crença na superioridade do europeu. Dessas convicções, surgiu a expressão "fardo do homem branco".
    Essa expressão, saída de um poema do britânico Rudyard Kipling (1835-1936) , queria dizer que as populações brancas teriam como missão o fardo ( carga ou peso ) de levar a "civilização" para as culturas "inferiores".
    Apesar dessa suposta superioridade cultural e moral, a apropriação do continente africano foi, na verdade, obtida com a superioridade do poder de agressão e da estratégia de dominação política.
    Ao observar o mapa "As etnias da África", onde estão localizados os principais grupos étnicos africanos, e ao comparar a localização desses grupos nos atuais países do continente ( África - Político ), nota-se que as fronteiras dos Estados nacionais não coincidem com a realidade cultural das populações.
    Através da estratégia da divisão conflituosa da África, os recursos minerais e produtos agrícolas foram dominados pelas empresas capitalistas européias . Enquanto isso, os povos africanos foram excluídos do acesso à terra, do conhecimento sobre técnicas de plantio e manejo do solo, do progresso e até da vida. Os europeus condenaram os africanos ao subdesenvolvimento econômico e social, condição até hoje não superada.

    domingo, 22 de maio de 2011

    África


    Em meio a solidão, Deus se fez presente.
    Clemente, criou, estrelas, planetas e a Terra.
    Na Terra, um centro,
    E dentro dele, a África.
    África que hoje soluça
    Acusa e pede ajuda para refazer,
    crescer, e continuar a merecer
    Ser o centro da terra
    Sem guerras internas, em paz.
    Capaz de ser no mundo
    Um profundo fértil coração.
    Pois solidão foi só no início
    E o início era escuridão.

     
    Maria Isabel

    Dados do Grupo.


    CURSO: UNESP/Redefor – Geografia.
    TUTOR: Carlos Alberto Feliciano.
    TURMA: 52.
    GRUPO: Geo-5.
    CURSISTAS: Brigida Aparecida de Godoy,
    Fatima Ruiz Paccola Zoli,
    Fernando Teruel,
    José Carlos Pereira do Nascimento e
    Maria Angela Ruiz Paccola.
    MÓDULO: 3.
    NOME DA DISCIPLINA: Geografia Regional: América Latina e África.